sábado, 12 de maio de 2012

Parte 4

E agora ele estava ali. A beijar outra como se nada fosse, como se eu não existisse. Os meus olhos nem queriam acreditar e a minha cabeça so dizia "tu não me estás a fazer isto, vou-te foder seu filho da puta".
Deixei-me ficar ali a olhar o espectáculo, mas so durante 2 minutos. A minha melhor amiga continuava comigo. Ela sabia que nos sentiamos algo um pelo outro, mas não sabia que tinhamos tido realmente alguma coisa.

- Meu amor, vou à rua. Tenho de encontrar uma pessoa... - disse-lhe.
- Está bem, queres companhia?
- Nop, eu não demoro. Vai ter com o pessoal que eu depois aviso quando for ter com vocês.

A primeira coisa que fiz foi mandar um sms ao meu pai: "desculpa mas já n ão precisas de me vir buscar, vou apanhar boleia da Leonor. Sou capaz de chegar mais tarde mas aconteceu um imprevisto. Desculpa, desculpa, desculpa. Adoro-te." A verdade é que não me sentia capaz de encarar o meu pai naquele momento, precisava de estar sozinha (ou pelo menos sem ele) durante mais umas horas... Quando acabei de escrever o sms, o João apareceu-me à frente:

- Então boneca, sozinha ?
- Ahahah, não estou sozinha, tenho-me sempre a mim mesma.
- Só tu... Que me dizes se eu te pagar um copo ?
- Que fico muito agradecida. - Sorri.

Ele foi ao bar e voltou daí a 5 minutos com a minha bebida favorita: vodka preta.

- E então, não me agradeces ?

Não respondi. Fiquei apenas a olhar para ele e... quando dei por mim já os nossos lábios estavam juntos. Eu não queria aquilo. O João sentia alguma coisa por mim mas eu não, muito menos queria magoá-lo. Mas na altura achei que aquilo fosse o mais correto, eu de certa forma queria vingar-me do Bernardo. 
 Da rua entrámos para o espaço fechado, dançámos juntos e depois fomos para a casa de banho. Estava um nojo, como sempre: vómitos pelo chão, mijo que acertou fora das sanitas e dos urinóis e até preservativos em cima dos lavatórios. Trancámo-nos numa das casas de banho. Mas não passou de uma simples curte. Quando ele me começou a levantar a camisola, destranquei a porta e saí de la a correr. Não era, definitivamente, aquilo que eu queria e como é lógico eu não me ia armar em puta só porque estava magoada.

Olhei para o relógio e eram 3h30. Nessa altura desejei que o meu pai me fosse buscar, para eu poder tomar um banho logo que chegasse a casa - mas não podia pedir-lhe que o fizesse. Também não estaria a ser correta com ele.

Mais uma vez, voltei para a rua. Sentei-me a um canto sozinha e começei a chorar. Odeio fazê-lo em público mas já não aguentava mais. De repente senti um som esquesito ao meu pé. Era som de vómitos. Estava um rapaz a vomitar mesmo mesmo a meu lado e eu mal tinha reparado. Sequei as lágrimas e fui ter com ele.

- Estás bem ?
- Sim, isto já passa... - e voltou a vomitar.
- Olha que me parece que ainda vai demorar. Posso ajudar em alguma coisa?
- Não.
- Ehh lá, não precisas de ser tão bruto, amigo!

Ele limpou a cara e sentou-se. Olhou para mim, mas muito pouco. Mal conseguia manter os olhos abertos. Pelo sim pelo não, fui buscar-lhe água. Ele não tinha forças para se pirar dali, por isso não havia problema se eu demorasse. Voltei para o pé dele e tirei um lenço da mala.

- Toma, fica quieto. - Limpei-lhe o vómito da cara e despejei um pouco de água nela para limpá-lo. - Bebe isto - e levei-lhe a garrafa à boca.
- Quem és tu?
- Ana, muito prazer asshole. E tu ?
- Lou-lou-lourenço.
- Isso está mesmo mau, nem o teu nome sabes dizer direito. Espera aqui, já venho.

Liguei à Leonor e pedi-lhe que viesse ter comigo à rua e que trouxesse a mala e o casaco porque precisava da ajuda dela. Ela chegou o mais depressa que pôde.

- Que se passa ?!
- Olha-me para este gajo. Está aqui que nem se aguenta. Preciso que me dês boleia até casa.
- E o que é que estás a pensar fazer com esse pedregulho ?
- Os teus pais estão em casa Leonor ... ?
- Não, eles foram passar o fim-de-semana a Madrid, já te tinha dito.
- Então acho que tive uma ideia...
Pelo meu olhar, ela percebeu tudo.
Levámo-lo as duas e pusémo-lo dentro do carro. A Leonor deixou-me em casa e levou o Lourenço para casa dela. A essa hora ainda eram 5h da manhã.

(...continua)


15 comentários:

Marisa Costa disse...

gostei mesmo muito! continua! vou postar mais um capitulo beijo

Flavi disse...

obrigada fofinha :)

Anónimo disse...

gostei , quero continuar a ler . vou seguir :)

Anónimo disse...

gostei , quero continuar a ler . vou seguir :)

Anónimo disse...

gostei , quero continuar a ler . vou seguir :)

Anónimo disse...

gostei , quero continuar a ler . vou seguir :)

A. disse...

; gostei imenso do teu blog.
; sigo* (:

mara disse...

sigo-te (:
gosto muito da tua história

Anónimo disse...

obrigado :)

Marisa Costa disse...

ainda bem que gostaste! ahahah *.* <3

Marisa Costa disse...

ainda bem que gostaste! ahahah *.* <3

Daniela Filipa disse...

Gosteii :) Continuaa

mara disse...

obrigada princesa *.*
de nada :b

Flavi disse...

Adoro :)

José Martins disse...

Gostei :)